Localizada na Rua Emancipação, 1176 - Centro de Picada Café, a SCRA anualmente oferece aos seus sócios o tradicional evento de Tiro ao Alvo. Cada sócio mediante pagamento de um pequeno valor pode mostrar suas habilidades no acerto ao alvo com uma carabina 22. Existem a modalidade adulto e infantil, contemplando a seguinte categoria:
- Rei - melhor tiro ao centro do alvo (20 pontos cada tiro ao centro)
- Primeiro Conde - segundo melhor tiro ao centro do alvo
- Segundo Conde - terceiro melhor tiro ao centro do alvo
- Mais Pontos - soma dos pontos. Você pode ter 3 tiros ao centro e não ser Rei mas sim, o que mais pontos somou durante a competição.
Antigamente haviam "armadores" de alvo (eu fui um deles nos anos 70) quem através de rádio informavam aos diretores o resultado do tiro (também acompanhado por binóculo pelo registrador de pontos). O alvo após o tiro era levado por nós até o registrador de pontos. Ficávamos atrás de uma parede de ferro, ao lado do mural de alvos. Meu companheiro normalmente era o Carlos Knorst ou o Renê Bittenbender. Ganhávamos coca-cola e cachorro quente como recompensa e aproximados Cr$2,00. Evidente que na época, por termos apenas 12 anos, isso era o máximo. Haviam grandes atiradores, sendo que um dos mais premiados são Danillo Angelo Ceschini, Rupenthal e Artêmio Arnold. Na SCRA existe um registro dos campeões. Oportunamente homenageio aqui todos os grandes Reis do tiro.
Historia - O Tiro da Dama 77: Lembro que, aí por 1977, quando eu e o Carlos Knorst armávamos os alvos, uma mulher deu três tiros: o primeiro ricocheteou na barra de ferro que nos protegia de tiros malucos como esse. Pegamos o rádio e avisamos: ZEROOO. Bateu em nós. Aí veio o segundo tiro e nada de fazer buraco no alvo. Todos vimos onde foi porque uma rama de palmeira literalmente caiu. A dama havia acertado a palmeira, um desvio em torno de 5 metros do alvo. Aquele primeiro na barra de ferro foi pior rsssssss. Pegamos o rádio e: ZEROOOO. Aí veio o drama do terceiro tiro: ficamos na expectativa de onde iria aquele tiro. Bem, depois de dois desastrosas tentativas, o terceiro seguiria a tendência ou seria melhor??? e veio o tiro "pááááá!". Ficamos de olho no alvo...o mesmo deve ter passado nos que estavam na mesa e na banca de tiro...sem falar da dama...que esperançosa queria saber se havia marcado um "20". Tardamos um pouco para descobrir onde havia ido o tiro. O alvo permanecia impecável, logo, pontos não haviam. Pegamos o rádio e informamos: ZEROOOO. Não foi o suficiente. A dama insistiu que foi bom tiro. O registrador pediu levar o alvo para confirmar. Levei o alvo..intacto. A senhora não aceitou o ZERO. Pediram checar o alvo. Poderia ter sido um 16 ou 15 (o alvo marcava de 17 a 20) o resto aparacia no alvo de madeira. Ao ver onde ia o tiro, marcávamos num relógio enorme localizado á nossa direita e fechávamos o buraco com um tipo de cera. Bom...mas e a história do terceiro tiro? Fomos checar o quadro: NADA. Então onde foi parar o tiro? Já estávamos desistindo quando....descobri onde foi parar o tal "tiro da dama". O painel de tiro ficava nas terras da SCRA e atrás do mesmo passava uma estrada de chão (não lembro o nome) e do outro lado da rua estava o potreiro do Sr. Henemann. E ali estava o terceiro tiro. E o "tiro da dama 77" se encontrava ali, representado pela mancha de sangue num boi do Sr. Henemann. Pegamos o rádio e...
Os premiados são conhecidos no mesmo domingo do torneio e a expectativa gera tensão entre os melhores tiros. Aqueles que atiram, saboreiam um almoço colonial, com bastante chucrút, linguiça, galeto, churrasquinho, aipim e salada. A banda alemã...alegra o almoço. O preço já está incluído no bilhete do tiro.
e-mail g2001rs@yahoo.com.br
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